A conta que o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) mantinha na Suíça, segundo a Procuradoria Geral da República, recebeu propina de empresas por meio do esquema montado na Caixa Econômica Federal; entre elas, a Carioca Engenharia.

De acordo com o procurador-geral, Rodrigo Janot, o idealizador da fraude era Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teria orientado repasses à conta bancária do colega de partido. Os valores totalizariam ao menos US$ 300 mil.

Os empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, teriam pago a propina para que pudessem atuar no projeto do Porto Maravilha, no Rio. Porém, eles acreditavam que o dinheiro estava sendo enviado para Cunha.

Os detalhes do esquema foram descobertos com a delação dos empresários e do ex-vice presidente da Caixa, Flávio Cleto, sendo esse último aliado de Cunha e Alves.

O advogado de Henrique Eduardo Alves, Marcelo Leal, disse que seu cliente nega as acusações e que nunca recebeu “recurso indevido para vantagem pessoal em contas no Brasil ou no exterior”.

Já Cunha declarou em nota que não teve acesso à denúncia. “Não pedi propina para mim, nem para ninguém e desminto a informação”, escreveu.