Panfletagem convoca população para ato contra a reforma da previdência
As Centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais já estão com todo gás na divulgação do ato que será realizado na sexta-feira (22), o Dia Nacional de Luta e Mobilização Contra a Reforma da Previdência.
A CTB Bahia convoca todos para uma panfletagem que será realizada na Estação da Lapa, nesta segunda-feira (18), a partir das 16h.
O panfleto, elaborado conjuntamente pelas centrais sindicais, conta seis mentiras que estão sendo contadas sobre as mudanças na previdência.
1 - A reforma previdência vai ser boa para o País. MENTIRA!
Eles querem trocar o atual modelo de repartição pelo modelo de capitalização em contas individuais. Hoje essa contribuição é feita entre você, o patrão e o governo. No modelo de capitalização proposto por Bolsonaro, você ficará por sua conta e seu dinheiro será administrado por seguradoras, fundos de pensão e pelos bancos, da forma que eles bem entenderem. Taxas abusivas? Problema seu! Se o banco falir? O problema é todo seu! Você ficará desprotegido e ganhará menos da metade de um salário mínimo.
Quer ver um exemplo? Hoje, se você contribuir com o mínimo exigido por 35 anos, você receberá um salário mínimo. Com a reforma de Bolsonaro, se você passar 35 anos contribuindo com R$ 100, você receberá R$ 234. Ou seja, não vai conseguir nem sobreviver!
2- A reforma foi um sucesso em outros Países. MENTIRA!
Depois de 30 anos da mesma reforma, os idosos de Chile, Colômbia, México e Peru vivem na extrema miséria. A reforma fracassou nesses lugares! Eles não possuem dinheiro para moradia, comida, remédios... O resultado disso é um alto índice de suicídios. Isso mesmo: é preferível morrer do que viver numa situação de extrema miséria!
3- O povo tem privilégios demais. MENTIRA! COMO ELES PODEM DIZER ISSO?
Que povo é esse com privilégios? A gente trabalha a vida toda, atura o mau humor do patrão, passa mais de duas horas no transporte público, nem sempre tem aumento de salário e, mesmo assim, não deixa de contribuir com a aposentadoria. E onde está o privilégio nisso, se a média da aposentadoria dos brasileiros é pouco mais de R$ 1.300? Eles querem te convencer de que a reforma é um mal necessário e colocar a dívida pública no seu bolso!
4- A reforma vai acabar com as grandes aposentadorias. MENTIRA!
Na proposta entregue por Bolsonaro, é falado brevemente sobre uma possível mudança para deputados e senadores. Atualmente, políticos, juízes e militares possuem aposentadorias milionárias. Mas esse ponto da reforma será decidido pelos próprios parlamentares. E você acha que eles vão votar a favor de quem?
5- Ninguém vai mexer na idade e no tempo de contribuição. MENTIRA!
Bolsonaro vai aumentar, sim, a idade e o tempo de contribuição para se aposentar. Vai funcionar da seguinte forma: a idade mínima será de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. Se você quiser se aposentar com 100% do salário, terá de contribuir por 40 anos. Moleza ter que trabalhar até os 80 anos, né mesmo?
Professores, funcionários públicos, trabalhadores rurais, pensionistas, serão ainda mais prejudicados com o aumento do tempo de contribuição e de idade para se aposentar.
6- Existe um rombo na previdência. MENTIRA! NÃO HÁ DÉFICIT!
O que não te contam é que o grande problema da previdência são os calotes das grandes empresas que acumularam, até 2015, uma dívida de R$ 375 BILHÕES, mais que o dobro do falso rombo de R$ 149 bilhões que o governo utiliza para justificar a reforma.
O governo perdoa a dívida dos ricos, mas vai você ficar devendo pra ver o que acontece!
Panfletagem contra a reforma da Previdência
segunda-feira, 18, a partir das 17h
Estação da Lapa
Diferença cai em sete anos, mas mulheres ainda ganham 20,5% menos que homens
Mesmo com uma leve queda na desigualdade salarial entre 2012 e 2018, as mulheres ainda ganham, em média, 20,5% menos que os homens no país, de acordo com um estudo especial feito pelo IBGE para o Dia Internacional da Mulher, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Os dados, relativos ao quarto trimestre de 2018, consideraram apenas pessoas entre 25 e 49 anos, e mostram que a disparidade entre os rendimentos médios mensais de homens (R$ 2.579) e mulheres (R$ 2.050) ainda é de R$ 529. A menor diferença foi de R$ 471,10 em 2016, quando as mulheres ganhavam 19,2% menos.
Dois outros fatores explicam essa diferença no rendimento médio entre os sexos. As mulheres trabalham menos horas (37h54min) que os homens (42h42min), além de receberem valores menores (R$ 13) que seus pares masculinos (R$ 14,20) por hora trabalhada.
“Esse estudo mostra que a jornada média dos homens é cerca de 4h48min mais longa que a exercida pelas mulheres. Verificamos isso todos os anos, essa diferença já foi de seis horas. É uma característica do mercado de trabalho, uma vez que isso indica apenas as horas nesse setor”, explica a analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
Adriana ressalta que essa jornada não reflete o que a mulher trabalha em todo o seu dia: “a menor jornada da mulher no mercado de trabalho está associada às horas dedicadas a outras atividades, como os afazeres domésticos e os cuidados com pessoas”, completa.
Essas questões culturais e estruturais também afetam a participação das mulheres no mercado de trabalho de modo geral. De um total de 93 milhões de ocupados, apenas 43,8% (40,8 milhões) são mulheres, enquanto 56,2% (52,1 milhões) são homens. Na população acima de 14 anos, por exemplo, a proporção é bem diferente: 89,4 milhões (52,4%) são mulheres, enquanto 81,1 milhões (47,6%) são homens.
Quando a comparação entre os rendimentos das mulheres e dos homens é feita de acordo com a ocupação, o estudo mostra que a desigualdade é disseminada no mercado de trabalho, embora varie de intensidade. “A mulher acaba tendo participação maior na população desocupada e na população fora da força de trabalho. Temos muitas procurando trabalho ou na inatividade, ou seja, não procuram emprego, por inúmeras questões”, explica Adriana.
“O que temos nas ocupações é que de modo geral, na grande maioria, as mulheres ganham menos. Nas ocupações que selecionamos para o estudo, as mulheres ganham menos em todas. As maiores proximidades de rendimento, ainda que não haja igualdade, ocorreram no caso dos professores do ensino fundamental, em que as mulheres recebiam 9,5% menos que os homens”, cita Adriana.
Outros casos de destaque pela menor distância entre os rendimentos são os dos trabalhadores de central de atendimento e dos trabalhadores de limpeza de interiores de edifícios, escritórios e outros estabelecimentos, em que as mulheres recebiam 12,9% e 12,4% menos que os homens, respectivamente.
Já entre as ocupações com a maior desigualdade, podem ser destacados os agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e dos gerentes de comércios varejistas e atacadistas, em que mulheres recebem 35,8% e 34% menos que os homens, respectivamente. Profissões tradicionais como médicos especialistas e advogados também sofreram com a desigualdade: elas recebiam 28,2% e 27,4% menos, respectivamente.
fonte: IBGE
Greve Geral no Radar das Centrais
As centrais sindicais estão ultimando os preparativos para as manifestações da próxima sexta-feira (22) contra a reforma da Previdência proposta por Bolsonaro, que segundo os sindicalistas aponta para o fim da aposentadoria pública e a privatização do sistema. Será um dos primeiros passos numa jornada nacional de luta que vai percorrer os próximos meses e deve culminar numa greve geral.
Protagonista da tragédia em Suzano era fã dos Bolsonaro
Guilherme Taucci de Monteiro, um adolescente de 17 anos autor dos disparos que resultaram na morte de 10 pessoas (incluindo o próprio e seu parceiro de 25 anos, Luiz Henrique Castro) curtiu mensagens do Clã Bolsonaro na rede social exaltando a violência. A barbárie em Suzano ocorreu quarta-feira (13), consternou o Brasil e o mundo, mas foi comemorada na internet por um fórum racista e misógeno, o Dolgolacham, frequentando pelos dois jovens suicidas, que teriam anunciado o plano macabro e pedido sugestões sobre o crime na internet.
No ritmo da desindustrialização
As mais recentes estatísticas do IBGE indicam que a marcha da desindustrialização no Brasil não foi interrompida. A produção industrial registrou queda de 0,8% em janeiro, o pior resultado nos últimos quatro meses. Comparativamente a janeiro do ano passado o tombo foi maior: 2,6%. O pior resultado foi o da indústria de bens de capital (-3%), o que significa recuo dos investimentos.
Sindicalistas no Congresso Nacional
Derrotar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 da reforma da previdência no Congresso Nacional a partir de um amplo processo de mobilização nos estados. O objetivo foi anunciado quarta-feira (13) em Brasília durante reunião convocada pela Liderança da Minoria na Câmara dos Deputados, da qual participaram parlamentares do PCdoB, PT, PDT, Podemos, Solidariedade e dirigentes de todas as centrais sindicais e movimentos sociais.
Um fã de Trump preside a CCJ
A Câmara dos Deputados instalou quarta-feira (13) a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante da Casa em cuja pauta está a proposta de Reforma da Previdência. Será presidida por um fã do bilionário xenófobo Donald Trump, o deputado Felipe Francischini (PSL-PR).
Lava Jato em baixa I
Os “heróis” da Lava Jato, incluindo o ministro Sergio Bolsomoro, foram derrotados no STF na decisão sobre competência para julgar crimes de Caixa 2 e lavagem de dinheiro associados a campanhas eleitorais, que pelo entendimento majoritário da Corte cabe à Justiça Eleitoral e não mais a juízes federais como era o caso do algoz de Lula e atual ministro da Justiça.
Lava Jato em baixa II
Mais humilhante para os procuradores é a novela da fundação que criaram ilegalmente para abocanhar uma pequena forturna (R$ 2,5 bilhões) resultante de um obscuro acordo selado entre Petrobras e EUA. A apropriação indébita foi interditada pela procuradora geral da República, Raquel Dodge e o STF. O ministro Gilmar Mendes afirmou que os “heróis” da Lava Jato usam métodos de “gângster” na “disputa pelo poder”.
Quem mandou matar Marielle?
O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, que causou grande comoção no Brasil e no exterior, completou um ano quinta-feira, 14 de março, sem resposta para a pergunta fundamental do crime brutal: quem mandou matar?
A mentira fixou residência em Brasília
O governo Bolsonaro mais parece uma fábrica de Fake News (notícias falsas). E o maior dos farsantes é o próprio presidente, que postou informações deturpadas e mentirosas contra a jornalista Constança Rezende no twitter. Na quinta (14) os “bots” de Jair Bolsonaro (robôs usados na campanha para divulgar massivamente falsidades e calúnias) foram usados para difundir um texto fake atribuído ao padre Fábio de Melo com uma leitura da tragédia em Suzano favorável ao governo. O padre, com mais de 6 milhões de seguidores, pôs os pingos no i ao esclarecer que não escreveu muito menos endossa o texto.
Adin da OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil ingressou no STF com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a MP 873. Segundo o advogado Marcus Finícius Furtado Coelho, a MP assinada por Bolsonaro e Paulo Guedes "vem para impedir o funcionamento dos sindicatos, para proibir que os associados dos sindicatos possam contribuir de forma simples, obrigando-os a pagar boletos bancários e, assim, criando uma burocracia desnecessária e sem que haja qualquer critério de urgência que justifique a edição de uma medida provisória". O Ministério Público do Trabalho também já se posicionou contra a proposta governista, que por sinal é flagrantemente inconstitucional.
Umberto Martins
Câmara aprova punição para assédio moral no trabalho
A Câmara aprovou nesta terça-feira (12) projeto de lei que tipifica o crime de assédio moral no ambiente de trabalho.
O projeto segue para análise do Senado. O texto prevê que o crime será caracterizado quando "ofender reiteradamente a dignidade de outro, causando-lhe dano ou sofrimento físico ou mental no exercício de emprego, cargo ou função". A pena estabelecida é de um a dois anos de detenção, além de multa.
O valor pode ser aumentado em até um terço caso a vítima seja menor de 18 anos.
O tema demorou para ser votado na sessão da Casa porque causou polêmica. Hildo Rocha (MDB-MA) foi um dos principais opositores do projeto, atuando para obstruir a deliberação.
"Nós não podemos entregar para a sociedade brasileira um prato mal feito. Nós não podemos entregar aos promotores de justiça a decisão de legislar, depois vamos estar reclamando que o juiz está legislando, que o Supremo Tribunal Federal está legislando", afirmou.
Do outro lado, encamparam o pedido deputadas como Margarete Coelho (PP-PI), relatora da proposta. Ela citou dados de estudo da pesquisadora e médica Margarida Barreto, segundo quem 65% dos casos relatados de assédio moral no ambiente de trabalho tinham como vítimas as trabalhadoras mulheres.
"Por isso, tipificar o assédio moral é medida necessária para a equalização, entre outras questões, das relações trabalhistas entre homens e mulheres, garantindo maior proteção a essas vítimas", afirmou no plenário.
O projeto foi incluído na pauta prioritária da bancada feminina. O Congresso tradicionalmente elege os principais projetos sobre mulheres para votar na semana do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março.
Neste ano, como a data caiu na sexta-feira depois do Carnaval, quando muitos parlamentares esticavam o feriado, a Casa deixou para esta semana as votações.
Fonte: Folha de SP
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