O Sindicato dos Marceneiros de São Paulo, junto com a CTB e demais centrais sindicais, realizaram um ato contra os juros altos, em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista.
Além do Sindicato, participaram também desse ato a Força Sindical, CUT, CSB, UGT, Nova Central – no dia que o Copom (Comitê de Política Monetária) começa a definir a nova Taxa Selic (taxa básica de juros).
A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. A Selic completa um ano em 14,25%. Desde então, foram sete reuniões do Copom sem mudança, a mais recente, em junho, já com governo interino, mas ainda sob a presidência de Alexandre Tombini - o atual presidente do BC é o economista Ilan Goldfajn. O encontro começa na tarde da terça-feira e termina no dia seguinte, após o fechamento do mercado financeiro.
A taxa nominal é a maior em dez anos. A taxa real de juros (descontada a inflação) está em torno de 5%, ante 3% no início do ano, já que desde então o IPCA acumulado em 12 meses variou de 10,71% para 8,84%. Apesar da perda de força da inflação, o discurso do BC segue sendo de cautela. A reunião seguinte será realizada em 30 e 31 de agosto, mas o "mercado" aposta mais em corte de juros em outubro (18 e 19), quando o impeachment deverá estar definido e, a partir daí, as medidas de ajuste fiscal podem evoluir no Congresso.