Idade média dos veículos no país fica perto dos 10 anos
A queda das vendas de veículos novos, durante a crise, provocou o envelhecimento da frota brasileira. Com nove anos e sete meses, a idade média dos carros, caminhões e ônibus que circulam no país é, hoje, um ano e dois meses maior do que em 2012, o melhor ano para a indústria automobilística no mercado interno. Há cinco anos, 39% da frota tinha entre seis e 15 anos; hoje 52% estão nessa faixa de idade.
Os dados fazem parte da mais recente pesquisa do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes (Sindipeças), que será divulgada nos próximos dias. Há 50 anos, o Sindipeças atualiza anualmente dados que servem para o setor organizar-se no mercado de reposição. Os fabricantes de componentes para veículos têm acesso a um banco de dados que fornece detalhes da frota, como cor de pintura e motorização dos veículos.
A constatação do envelhecimento da frota poderá levar expectativas mais animadoras aos fabricantes de veículos, que já elevaram o ritmo de produção por conta da recuperação das vendas nos últimos meses. No primeiro bimestre, houve um aumento de 19,5% nas vendas de veículos novos no país.
Os dados levam os dirigentes do setor a crer que o consumidor, que durante a crise adiou a troca de carro, o fará agora, diante de um quadro macroeconômico mais animador e taxas de juros mais favoráveis a planos de financiamento. Recentemente, o presidente da Bosch, Besaliel Botelho, disse que há um "estoque de demanda" de veículos no país. Isso vale tanto para automóveis como para caminhões e ônibus.
Do lado da indústria fabricante de autopeças, carros mais velhos significam a perspectiva de ampliação de vendas de componentes no mercado de reposição. Em 2013, 14% da produção nacional de peças era destinada à venda para manutenção de veículos usados. No ano passado, a fatia subiu para 21%.
"A entrada de veículos novos no mercado diminuiu", destaca Elias Mufarej, conselheiro do Sindipeças responsável pelo segmento de reposição. Ele lembra que o segmento de caminhões foi o que mais sofreu. Em quatro anos, a idade média dos veículos de carga aumentou de nove anos e cinco meses para dez anos e oito meses. O mesmo praticamente aconteceu com ônibus, cuja idade média está em dez anos e dois meses.
No ano passado, o tamanho da frota de caminhões ficou praticamente inalterada, com avanço de 0,2% na comparação com 2016. A de ônibus até encolheu 0,9%. Já a de automóveis cresceu 1,1% no ano passado na comparação com o anterior.
Circulam hoje no Brasil 43,37 milhões de veículos, concentrados em cinco Estados. Quase 73% da frota está em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, sendo que 36,8% deles trafegam pelas ruas e estradas paulistas. Da frota total, 13,8% são automóveis importados. Por conta das regras protecionistas nos recentes programas governamentais, a fatia dos importados tem se mantido praticamente inalterada há cinco anos.
Ao contrário do que muitos poderiam imaginar, a frota brasileira chega a ser menos velha do que nos países desenvolvidos. Pesquisas recentes mostram que a idade média dos mais de 270 milhões de veículos que circulam nos Estados Unidos supera os 11 anos. Na Europa, a média, em todo o continente, é de dez anos e sete meses, segundo a Associação Europeia de Fabricantes de Veículos (Acea).
Pesquisadores ouvidos pela "Autonews", uma publicação especializada dos Estados Unidos, argumentam que a qualidade dos novos veículos ajuda a mantê-los em atividade por mais tempo.
Mas não é apenas isso. Nos mercados desenvolvidos, a obrigatoriedade da inspeção garante a manutenção dos carros usados. Além disso, especialistas lembram que embora a idade média seja alta, em países desenvolvidos carros muito velhos saem das ruas por força da inspeção.
O mesmo não acontece no Brasil. Segundo a entidade, o percentual médio de sucateamento no país é de 1,5% ao ano. Essa tem sido uma média histórica. Saem das ruas, principalmente, veículos roubados sem recuperação ou os que sofrem perda total em acidentes.
O país apresenta, por outro lado, forte potencial de vendas. Segundo a pesquisa do Sindipeças, o Brasil tem hoje 4,8 habitantes por veículo. O número já foi bem maior. Há dez anos eram 7,3 habitantes por veículo. Nesse caso, muitos países têm uma taxa de motorização bem mais elevada. Os países desenvolvidos apresentam os menores números. Na Alemanha a relação é de 1,68 habitante por veículo; na França, 1,72; e nos Estados Unidos, 1,2. Entre os vizinhos, na Argentina a pesquisa mais recente indica 3,2 habitantes por veículo, com tendência de diminuir ainda mais. No México são 3,5 por veículo.
A pesquisa do Sindipeças tende a trazer à tona a necessidade de um programa de renovação da frota, um assunto polêmico e há muitos anos discutido pela indústria automotiva e o governo. A ideia seria ligar a renovação a programas de inspeção veicular.
As discussões em torno do assunto foram retomadas por um dos grupos que trabalharam para a elaboração do Rota 2030, o novo programa automotivo, que até agora não foi anunciado pelo governo por divergências na equipe econômica. "A inspeção seria o caminho ideal para a manutenção preventiva", destaca Mufarej, do Sindipeças.
Fonte: Valor Econômico
Estado de São Paulo vai começar a emitir CNH digital
O Estado de São Paulo vai começar a emitir gratuitamente a versão digital da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) a partir desta quinta-feira, 22. A emissão da CNH digital será feita por meio do aplicativo do Denatran.
O novo documento terá o mesmo valor da versão impressa, que continuará sendo emitida normalmente. Para obter a CNH digital, os condutores precisam possuir a versão impressa do documento.
Em São Paulo, o Estado também vai oferecer o serviço gratuito de entrega via correios da CNH impressa dentro de 30 dias. Isso evita que os motoristas se desloquem a um posto de atendimento somente para retirar a carteira de habilitação, ou paguem pela entrega, como é atualmente.
“São quatro benefícios para a sociedade. Primeiro a CNH será digital, a pessoa mostrará no celular. Já a CNH de papel a pessoa vai receber pelo correio e de graça”, disse o governador Geraldo Alckmin na cerimônia de assinatura do decreto que cria o Sistema Estadual de Coleta e Identificação Biométrica Eletrônica – Sistema Biométrico. “A biometria evita fraude e será usada por todas as áreas do governo. Depois, a economia para os cofres públicos. São medidas que facilitam a vida do cidadão”, ressaltou
O sistema contará com o Banco de Dados Biométricos Estadual, que permitirá estender, gradativamente, a identificação pessoal biométrica a outros serviços públicos estaduais além da emissão do RG e da CNH.
Fonte: Veja SP
Juiz vê ilegalidade em reforma e condena empresa do ramo alimentício a recolher dos salários dos funcionários a contribuição sindical
O juiz Pedro Rogério dos Santos, da 3ª Vara do Trabalho de São Caetano do Sul-SP, deu ganho de causa para o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de São Paulo, que pedia a manutenção do recolhimento da contribuição sindical. Extinta pela reforma trabalhista, em vigor desde novembro, a contribuição sindical é a principal fonte de receita de muitos sindicatos.
Várias entidades estão recorrendo então à Justiça para conseguir que a contribuição seja mantida. Nesse caso, a ação civil pública foi movida contra a Dan Vigor Indústria e Comércio de Laticínios. Cabe recurso na decisão. Em sua decisão, o juiz considerou inconstitucionais trechos da reforma que determinam que a contribuição seja recolhida desde que com o consentimento prévio e expresso dos trabalhadores.
Até a reforma, os trabalhadores eram obrigados a recolher o valor equivalente a um dia de trabalho, descontado pela empresa diretamente da folha de pagamento. Desde a reforma trabalhista, essa contribuição passou a ser facultativa, ou seja, o desconto só pode ser feito se houver autorização prévia e expressa dos funcionários.
Com a decisão do juiz, a empresa deverá recolher a contribuição sindical de todos os empregados em março, sob pena de multa diária de 1.000 reais por trabalhador, a ser revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.
De acordo com o juiz Pedro Rogério, a Constituição impõe aos sindicatos o dever de representar toda a categoria e a contribuição deve ser paga pelos empregados. “Para fins da cobrança, é o interesse da categoria que deve ser levado em consideração […], e não o interesse individual, […] porque a contribuição sindical tem por finalidade dar condições para que os sindicatos possam atuar na defesa dos interesses daquela (categoria), contribuindo para a sociedade”, afirmou
Fonte: Revista Veja
Inclusão de idosos como dependentes exige cuidado para não aumentar IR
Uma das possibilidades para ampliar as deduções do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), a inclusão de dependentes idosos exige cuidados. Em vez de reduzir o imposto a pagar ou aumentar a restituição a receber, a relação de pais, avós e bisavós como dependentes na declaração pode ter o efeito contrário.
Pela legislação, podem ser incluídos como dependentes na declaração do Imposto de Renda pais, avós e bisavós que tenham recebido rendimentos – tributáveis ou não – de até R$ 22.847,76 em 2017 cada um. Sogros dentro desse limite de rendimentos também podem ser registrados, no caso de declaração conjunta do casal.
O declarante pode deduzir até R$ 2.275,09 por dependente. A inclusão de idosos na declaração, no entanto, requer cuidados porque o contribuinte será obrigado a informar os rendimentos de cada dependente, o que pode aumentar a base de cálculo e elevar o imposto a pagar ou diminuir o valor da restituição.
A Receita Federal recomenda que o contribuinte teste as opções no programa preenchedor da declaração do IRPF para ver qual das possibilidades é mais vantajosa: a inclusão ou a exclusão dos dependentes idosos. Quanto mais gastos por dependente o contribuinte puder deduzir, maior a chance de aumentar o valor da restituição (ou diminuir o imposto a pagar). Dessa forma, todos os comprovantes de gastos com idosos, como despesas médicas, devem ser guardados para elevar o valor deduzido.
O Fisco orienta os declarantes a terem atenção ao declarar as fontes de renda. Isso porque omissões ou imprecisões nos rendimentos próprios e de dependentes representam algumas das principais razões de retenção da declaração na malha fina.
Fonte: Agência Brasil
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